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Como funciona um fundo de Venture Capital?

Um VC pede dezenas de materiais para entender seu negócio, mas e você, sabe sobre o dele?

Uma das formas de financiar uma empresa é captar investimento com um fundo de Venture Capital. Casos como Google, Apple, Facebook e a brasileira Nubank são exemplo de empresas que em seus estágios iniciais conseguiram firmar uma parceria com um VC. Isso geralmente envolve diversas interações em que o fundo vai buscar entender ao máximo sobre seu negócio, o que é natural tratando-se de uma parceria de longo prazo.

Mas e você empreendedor(a), entende como funciona um fundo de Venture Capital?

É sobre essa questão que estávamos refletindo aqui na MAYA. Como um fundo de VC funciona, players envolvidos e até como ganham dinheiro não são informações muito bem disseminadas entre os empreendedores. Como em um casamento, é fundamental que ambas as partes conheçam as motivações e incentivos de cada lado, e como essas poderão impactar a relação no longo prazo. Por isso, aqui nesse artigo buscamos deixar o mercado mais transparente, principalmente para os que pensam em ter um VC como sócio.

1. Estrutura de um VC

Vamos começar entendendo como um VC é estruturado. Cada país tem regulamentações e estruturas de investimento diversas. Por isso, em muitos casos (inclusive o da MAYA, que investe em diversos países), a preferência é por montar uma estrutura de fundo típica dos EUA.

São três as principais entidades:

  • Management Company: é uma LLC (sociedade limitada nos EUA) responsável pelas despesas operacionais do dia a dia do fundo, como salários, aluguel e internet.
  • Limited Partnership (LP): sociedade limitada que contém os investidores do fundo, também chamados de Limited Partners ou LPs.
  • General Partnership (GP): sociedade entre as sócias responsáveis pela gestão do fundo (Management Company + Limited Partnership) e decisões de investimento. No caso da MAYA, as GPs são a Lara e a Mônica.

2. Figuras Chave de um VC

Se você já visitou o escritório de um VC, soube identificar o papel de cada membro do time ali presente? Assim como uma empresa possui áreas, normalmente a equipe de um VC também se divide, mas com suas particularidades. Existe uma divisão clássica conforme descrevemos abaixo, no entanto, é comum ter variações a depender de cada fundo e de seu tamanho.

  • General Partner (GP): são as sócias do fundo, aqueles que tomam a decisão final sobre o investimento, captam dinheiro para o fundo, fazem networking com pessoas do mercado e guiam o fundo estrategicamente. Também podem ser chamados de Managing Partners.
  • Principal/Director: auxiliam as empresas do portfólio, negociam termos, identificam oportunidades e geram deals para o fundo.
  • Associate e Analista: focam em fazer a análise dos investimentos, triagem do dealflow, estudar teses de investimento e escrever análises internas.
  • Limited Partners (LPs): investidores de um fundo de VC. Normalmente, indivíduos, family offices, fundos de pensão e endowments.
  • Entrepreneur in Residence (EIR): empreendedores que estão buscando uma ideia de negócio para montar e geralmente aproveitam da estrutura e network do fundo para explorar teses.
  • Venture Partner: pessoa próxima do fundo que ajuda os GPs em pontos específicos como deal flow, análise, expertise setorial e estratégia, mas não trabalha para o fundo full-time.
  • Agora, da próxima vez que você for falar com um VC e alguém se apresentar com um desses nomes acima, será mais fácil ter uma “visão raio-x” sobre a responsabilidade de cada um.

Agora, da próxima vez que você for falar com um VC e alguém se apresentar com um desses nomes acima, será mais fácil ter uma “visão raio-x” sobre a responsabilidade de cada um.

3. Como o VC ganha dinheiro?

E finalmente, a parte que você deve estar mais curiosa(o) (se já não pulou direto para cá). Como VCs ganham dinheiro não é uma informação muito disseminada, por isso alguns dizem até ser o “deep and dark secret” dos VCs. A verdade, no entanto, é simples, o que importa para eles no final é que sua empresa seja muito bem sucedida.

Como as startups, fundos de VC também precisam captar investimento. Normalmente, os GPs captam com investidoras (LPs) prometendo um retorno de 5–10x ao longo de 10 anos. Depois da captação, o fundo é recompensado com Taxa de Administração (Management Fees) e Carry (taxa de performance sobre o lucro líquido do investimento dos LPs).

  • Taxa de administração: é uma porcentagem anual do capital comprometidos ao fundo equivalente a 2–2,5%. É dessa taxa que são pagos os salários e todas despesas do VC.
  • Carry: representa a parte dos lucros pagos aos GPs quando um investimento é bem-sucedido, variando de 15 a 25% do valor que excede a promessa mínima de retorno do investimento feito pelo LP. Por exemplo, depois que os LPs receberem todo o capital investido do fundo, 80% de todas as distribuições futuras serão pagas aos LPs, enquanto 20% serão retidos pelo GP.
  • Hurdle rate: em alguns casos, o fundo ainda tem uma taxa de retorno anual interna que o VC deve retornar aos LPs antes de começar a receber qualquer lucro. As taxas giram em torno de 7–8%.

Lembrem-se que todo fundo é diferente e a estrutura pode variar a depender dos LPs, GPs e da legislação local.

A complexidade de um VC vai muito além, mas com isso esperamos que você empreendedor(a) possa se sentir muito mais confiante ao falar com um fundo sabendo agora como funcionam.

VCs vão avaliar seu negócio, faça seu papel também e sinta-se à vontade para perguntar como trabalham com as investidas (vale conversar com alguns negócios do portfólio), em que momento estão no ciclo do fundo, qual o network deles, se possuem capacidade de investir em rodadas futuras e mais importante, converse com as pessoas do fundo… será um prazer para nós aqui na MAYA!


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November 19, 2020

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